Nanien cresceu nas ruas de um lugar quente, onde a pobreza é colocada de lado em meio a tanta riqueza e belezas naturais, quanto da flora, quanto de pessoas. Lugar populoso, bonito, onde o sorriso transparece em rostos diversos, o sol é sempre quente, nada parece sair do lugar. E seria bom se nos becos a vida fosse igual, e não existisse lugar para violência, fome, muito menos ódio.
Não se lembra de como foi parar ali, da face dos pais, da existência de algum irmão, mas lembra-se muito bem de como foi sofrida a infância, seu crescimento. Chutada, odiada, esquecida, por crianças e adultos. Nanien passara fome, frio, sede. Por pouquíssimo, não se entregara à venda sexual para conseguir manter-se viva, mas não por querer, e sim por necessidade. Não existia vontade, mas existiam convites.
Roubos eram frequentes, era uma famosa rata de rua que muitas vezes falhava, e acabava por ser vítima de sua própria situação. O mundo lhe foi, por muito tempo, rude e injusto, até que um dia conhecera Mianna, uma mulher na flor de sua idade, que tinha longos cabelos cacheados e pretos, que cuidava de enfermos pelas mais baixas classes daquele lugar. Com ela, aprendera como cozinhar, como cuidar de machucados, ser uma pequena médica. Vez ou outra, Mianna deixava a jovem sem-teto dormir em sua casa, jantar em sua mesa, mesmo que simples fossem seus pertences.
Numa tarde, onde a generosidade de Mianna se fizera mais uma vez presente, agradeceu-lhe por novamente alimentar-lhe, fazendo com que o custo fosse apenas sua presença de ajuda em casos excepcionais de feridos. Porém, tudo estava mais agradável do que sempre... Sentia-se confortada e... sonolenta...
Um dia depois, acordou num barco, amontoado de várias outras pessoas - mulheres, de todas as idades e tamanhos, cores, bonitas, enjauladas. As novas servas de piratas até que fossem vendidas. Passou-se tanto tempo que ela não soube estimar, mas, graças a Mianna (ou graças a sua desgraça), ela soube cuidar de cada uma ali, de seus ferimentos adquiridos por maus tratos, violência, até contar histórias ela aprendeu; roubara comida, armas. Nanien era uma bênção, e elas sabiam dizer bem o motivo.
Muito mais tempo se passou até que eles parassem de vez numa ilha gelada. Lá houvera uma rebelião, uma luta, algo do tipo. Não soube dizer exatamente, mas, por algum motivo, os piratas não aguentaram a força. Ela e as mulheres foram libertadas, mas a pequena não engoliu isso de primeira. Como assim, uma vida nova era tão fácil de ser adquirida? Naquele dia, apontou uma adaga para Dorian, o homem que mais tarde, mesmo com sete anos de diferença, viria a se tornar o líder daquela ilha, e, posteriormente, seu marido. Nanien Breaver deixaria de ser a velha criança amargurada para ser a nova mulher que traria esperança às demais. |
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