Os Reed são estranhos, dizem as más línguas. Um povo que vive no pântano junto de rãs e cobras não poderia ser mais incomum, traçando seu sangue desde tempos remotos que os homens nem ao menos são capazes de lembrar.
Histórias correm por todo o Norte do herdeiro que nasceu no pântano, um demônio em forma de criança que rasgou as entranhas da mãe para que pudesse nascer e resfolegou-se no sangue da mulher antes de ser retirado por completo. Nem ao menos chorou como um bebê normal, longe disso, manteve-se quieto e enrolado na manta enquanto o meistre cuidava-o. Saudável e grande mas diferente.

Os olhos tão azuis quanto o céu no verão e os cabelos tão revoltos que pareciam estar numa ventania constante. Desde novo foi tido como diferente num povo já tão diferenciado, era apaixonado pelo conhecimento antigo desde curas usufruidas outrora ou cânticos já esquecidos, prendia-se no quarto durante horas para obter mais informações nos livros ou nas pessoas que ousavam vir de longe. Com Atalaia sempre em movimento e o pântano traiçoeiro, poucos eram capazes de chegar até eles, os descendentes dos Primeiros Homens.

Benjen, apesar de diferente, cresceu sendo um homem íntegro e querido pelo seu povo, levantando o estandarte da benevolência e da justiça. Trás consigo a ideia de que o Norte deve se unir, regressar a antiga glória de outrora.
É um homem gentil para com os seus mas que não aceita falta de respeito, sendo até mesmo frio, uma personalidade que dificilmente é compreendida. Ascendeu como Lorde com a morte do pai, que deixou em suas mãos o dever de gerir bem o povo mas nunca esquecer que a terra onde moram se protege.