Descendente de uma família de estaleiros, seu sobrenome é referente ao material que sua família mais costuma trabalhar. Resistente, maleável e adequada para usos diversos: desde a construção de barcos, barris para vinho, móveis e até mesmo esculturas. Dizem que o carvalho enobrece as intenções de um homem, e seja como for, serviram os reis das Ilhas de Ferro por muitas gerações, nunca imaginando que um dia seriam conquistados, não pelo Rei dos mares, mas sim dos céus. O avô de Christina dizia que existiam criaturas gigantescas que respeitavam apenas uma única Família neste mundo, capazes de cuspir fogo e queimar diversos barcos de uma só vez. Muitos morreram seguindo a Casa Hoare para o inferno que a Família Targaryen os trouxe, mas foi assim que os Greyjoy assumiram o poder. E foi assim que os Oak passaram a servi-los.
- Então temos que mata-los, vovô. – disse a pequena Christina que nem sabia o grande pesadelo que era uma guerra. A inocência humana quem nem sabe o peso de suas próprias palavras.
- Somos apenas estaleiros, criança. Nosso trabalho é construir barcos.
- Mas se eles destroem nossos barcos, por que não podemos destruí-los também?
O avô ficou em silêncio por um instante, apenas observando o olhar intenso e esverdeado da menina que carrega seu sangue, antes de colocar uma mecha de cabelo atrás de sua pequena orelha.
- Somos apenas o carvalho, minha filha. E eles... o fogo.
O fogo. A menina o temia, mas também sabia de sua importância, já que o que seria das Ilhas de Ferro sem o próprio ferro? Seja em armamentos ou nas embarcações, o fogo era essencial para a manipulação dos metais e na construção de barcos. Queimando as mãos da menina que se tornava uma moça. Calejando as mãos da moça que se tornava mulher. Quis ser diferente dos pais e avós e viajar no barco que ela mesmo construiu, em vez de vende-lo a um nobre ou Rei. Quis enfrentar os mares, já que sua imensidão era muito maior do que as ilhas onde foi nascida e criada. E na fome, pescou aquilo que este tinha para lhe oferecer. E na miséria, roubou aquilo que lhe interessava.
Nunca conheceu sua mãe. Dizem que ela morreu no parto, e outros que lhe abandonou por ser uma criança feia. Seja como for, junto ao mastro, sentindo o cheiro salgado das águas e ouvindo as batidas das ondas, ela sabe que também é filha do mar. A Capitã Oak. Sem marido ou filhos, mas alguns homens que lhe seguem com a ambição de encontrar as riquezas que ela também anseia encontrar. Sem residência fixa ou lugares para ficar, porque dizem que seu barco já é temido em algumas baías. Decidindo seu destino quando, viajando com seu pai na busca por mais carvalho, viu aquela grande criatura voar sobre suas cabeças. Tão real quanto o sangue que escorre de sua carne ao cortá-la. Tão maravilhoso quanto o pôr-do-sol em alto mar. E os homens que lhe seguiam podiam sonhar com ouro e glória, mas a mulher que os liderava sonhava com algo que muitos diziam ser loucura: capturar tal criatura. A maior e mais bela delas, mesmo quando nem sabia o nome.
E foi assim que o Kraken fora construído, com a madeira que era também o seu nome: o caçador dos mares e dos sonhos.
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