O sol se erguia imponente imponente no céu cerúleo, brilhando e reluzindo ante uma horda de nuvens indulgentes. O primogênito dos Arryn, em alguma floresta, caminhava apessoado com ferimentos rasos duma batalha marcada pelo expurgo de soldados invasores no Vale; recordava-se ter dez anos sempre que contava esta história, não permitindo que o número delimitasse suas habilidades pródigas com uma lâmina de aço em mãos; estas mãos que, nesta história, utilizavam uma espada para dilacerar os invasores; cada golpe tinha gosto de madeira, grama e sangue. Por alguns metros, era tudo o que se podia ver em meio às fileiras de corpos que seus soldados o ajudavam a compor. A torrente de aço e sangue perdurou-se por mais tempo; tempo o suficiente para que as pernas frágeis e trêmulas do jovem Arthur travassem uma luta interna para sustentar seu corpo e o carregar para a próxima vítima. A exaustão que o dominava fez-lhe cair de joelhos; entretanto, só o fez quando o último coração estrangeiro que pisava em suas terras foi transpassado por uma lâmina de águia; e, como uma águia, Arthur voou aos céus quando seus homens o jogaram para cima em solenidade quando a batalha acabou.
"Tão alto como a honra", como sempre o foi dito. Adornando em suas costas, em seu semblante e em sua moral inabalável a ascendência mais pura da nobreza Ândala, Arthur deu início ao seu título de Lorde desde seus primeiros anos de vida; antes disto foi criado junto com a casa Stark ─ sendo um irmão de criação de Bronwen Stark, inclusive ─, unindo os princípios mais altos encontrados em Westeros para forjar seu forte código de moral, o qual utilizou para governar o Vale quando seus pés lá pisaram pela primeira vez, aos seis anos de idade. Desde então, uma relação improvável e forte firmou-se entre os dois irmãos, onde Arthur era a lâmina da honra disciplinada que alto cintilava do Ninho da Águia enquanto Bronwen o escudo visceral que mantinha os ideais e sonhos pueris de seu mais novo intactos. Ajudavam-se em tempos ímprobos e celebravam juntos em épocas aprazíveis. Épocas radiantes estas que, durante seus primeiros anos como um lorde formado, trouxeram-lhe uma família; uma há muito perdido irmã fortaleceu seu senso de dever e aumentou aquilo que tinha de proteger.
Carregava seu título com honra. Ouvia as sábias palavras de seus ancestrais com atenção e cautela. Utilizava as técnicas de espada das casas nobres com disciplina. A habilidade estratégica que venceu guerras ao Vale, todavia, vinha diretamente do seu íntimo; desde os primeiros anos de vida teve uma mente fértil, capaz de imaginar mundos fantásticos em que era um bravo soldado e combatia seres mágicos. Foi esta mente que amadureceu com o estudo e com a prática de combate, tornando-o capaz de visualizar com astúcia um campo de batalha como uma mesa estratégica de conselho rodeada por sábios cheios de palpites. Costumava dizer, sobretudo, que não foi seu próprio sangue que o tornou rei, mas o de inimigos. "Não se esqueça, Arthur", dizia sua mãe: "Você é uma águia. Há momentos em que precisamos nos retirar feito as águias, renovar a face da alma, o ímpeto dos olhos e só então regressar num voo de paz e esperança que tornará nossos campos azuis como nosso brasão. Seja uma águia". |
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